quinta-feira, 17 de maio de 2018

Análise Mario Party 2

Posted by | maio 17, 2018

Título:Mario Party 2
Desenvolvedora: Hudson Soft
Distribuidora: Nintendo
Ano: 1999
Gênero: Party Game
Número de jogadores: 1-4
Método de salvamento: 4Kbit EEPROM
Compatível com Rumble Pak





O primeiro Mario Party foi uma grande surpresa (e muito boa, por sinal), pois era um jogo perfeito para um console cujo o foco era o multiplayer, assim horas e noites foram gastas entre amigos jogando essa pérola, uma continuação era inevitável depois desse grande sucesso de público (algo que a Game Informer discorda), hoje vamos dar uma conferida de como ficou esse jogo clássico do N64.

Aqui a diversão não tem fim (exceto as amizades)

O “core” da série se manteve no Mario Party 2, é um jogo de tabuleiro com mini-games entre as rodadas cujo o objetivo é de pegar o maior número possível de estrelas para ser proclamado “SuperStar” (não tem nada a ver com o programa de Tv). Apesar disso, foram trazidos algumas alterações ou adições que são muito bem vindas.

Vários mini-games que tinham no primeiro jogo foram trazidos de volta do primeiro, entretanto o mini-games que exigem que o player gire o analógico foram completamente removidos (ainda bem!), outra adição que fez muito bem foi a possibilidade de poder praticar os mini-games antes de jogar para valer, isso é muito bom, pois só a descrição e os comandos não são o suficiente, às vezes é bom treinar para pegar o “feeling”. São 65 mini-games (¬¬ não tinha como deixar 64?), 21 deles são do Mario Party com algumas modificação. Os mini-games são divididos em 4 categorias: cada um por si, dois contra dois, um contra três e os duelos entre dois jogadores (além de um mini-game especial).

(O Tabuleiro "Horror Land")

São 6 novos tabuleiros (sendo um deles bloqueado), cada um dos tabuleiros tem o seu tema, algo bem legal é que os personagens vão se vestir a caráter para cada tabuleiro (exceto o último), algo que não se repetiu nos Mario Parties seguintes. Cada tabuleiro tem a sua "gimmick" exclusiva, como o trem no West Land, o satélite no Space Land e o ciclo de dia e noite no Horror Land. Todos os tabuleiros possuem o banco e o shop item, o banco tira 5 moedas cada vez que o jogador passa por ele e quem cair no espaço exato ganha todas as moedas acumuladas e o shop item é possível comprar os itens para se usar durante o jogo. O Boo continua fazendo parte dos tabuleiros, ele serve para roubar moedas ou estrelas de outros jogadores.


(Exemplo das fantasias que os personagens vestem)

Geralmente isso não é muito comentado, o Mario Party 2 é compatível com o Rumble Pak e o seu uso no jogo é interessante, no jogo “Slot Car Derby” o Rumble Pak é útil te ajudando a dizendo quando o seu carrinho vai rodar, de resto não servirá de muito coisa, só ajudando na imersão no jogo.

Ao final de cada partida, as moedas e estrelas coletadas são transformadas em dinheiro usado para comprar o mini-games (no Mini-Game Land), podendo, então, jogá-los individualmente à vontade ou nos outros modos como o “Mini-Game Coaster” que é como uma corrida até o final do tabuleiro (similar ao Mini-Game Island no primeiro Mario Party).

Quando é o caos que impera

Uma grande parte do jogo é composta por RNG (termo muito comum usado pelos speedrunners, que é Random Number Generator), ou seja, aleatoriedade! É importante entender isso, o objetivo dos desenvolvedores é tornar as partidas imprevisíveis, em um momento você pode está em primeiro lugar e em outro você pode perder tudo, isso pode deixar muitas pessoas bravas, porém é isso que faz o jogo ser legal, cada partida é única.

Alguns mini-jogos tem um certo delay nos comandos, isso também faz parte do jogo, pois como foi dito acima, uma grande parte do jogo é composta por RNG, assim se os mini-jogos fossem completamente baseados em habilidades as pessoas que são melhores iriam sempre ganhar, então o RNG e os controles com delay servem para igualar as condições para todos os jogadores, com isso não posso considerar esse aspecto do jogo como algo negativo, isso faz parte do mesmo com o objetivo de oferecer partidas únicas e imprevisíveis.

Também há uma chance do personagem caiu em um espaço que tenha um bloco escondido, às vezes esse bloco pode ser só moedas e outras pode ser uma estrela.



Tanto que um dos meus mini-games favoritos é o “Browser’s Big Blast”, um mini-game totalmente baseado na aleatoriedade e que rola uma tensão tremenda, pois nunca se sabe qual alavanca apertar, e como é um dos mini-game de battle, perder representa algo bem significativo.

É importante ressaltar que mesmo que o RNG faça parte do jogo, a estratégia, conhecer o tabuleiro e como ele funciona e as suas opções disponíveis (como itens) também fazem parte do jogo, sem isso torna ganhar uma partida de Mario Party quase impossível, assim não podemos deixar de prestar atenção no tabuleiro, onde a estrela aparece, onde os outros jogadores estão e as "gimmicks" de cada tabuleiro (principalmente no último tabuleiro), prestar muita atenção é a chave de poder ganhar a partida.

Se você quiser saber mais sobre o RNG e análise detalhada nesse aspecto, então leia esse documento chamado "Tirando a diversão do Mario Party: Analisando 3 horas de jogo, 4 jogadores, 50 rodadas de Mario Party 2" (em inglês).

Quando a CPU não perdoa

Tem certos momentos que parece que tudo dar certo para a CPU, ou tem mini-jogos que é praticamente impossível a CPU perder, como “Crane game” e “Mecha-Marathon”, onde só é possível ganhar se você tiver um controle que tenha a função turbo (obrigado Retro Fighters!!!). Nisso o jogo parece ser realmente injusto.

(Sem um controle turbo, esse minigame é muito injusto)

Também há momentos em que você coça a cabeça e fica se perguntando o que o jogo fumou! Por exemplo, quando a partida chegar nas 5 últimas rodadas, o Koopa chegará e dará 30 moedas para o personagem que ele acha que ganhará o jogo, contudo em muitos momento ele pode escolher o personagem que está em último lugar(???) ou mesmo o “personagem-NPC” (Luigi seu maldito!).

Há jogos que a sua derrota também parece ter sido injusta, games como “Hot Rope Jump” e “Torpedo Targets” são questionáveis, principalmente no Hot Rop Jump que parece que em determinado momento o botão não funciona, e no Torpedo é difícil de saber onde fica os targets (alvos), torça para que a CPU controle o submarino.


Teve até uma vez que eu estava preste para pegar a estrela, eu tirei um número pequeno e fiquei em frente da mesma, enquanto isso a CPU convenientemente tira um número bom no dado e compra a estrela, isso aconteceu duas vezes ... na mesma partida! Momentos como esses são frustrantes mas eles fazem parte do jogo e é preciso aceitar a realidade (mesmo assim eu ganhei a partida).

(às vezes o Luigi ganha fazendo nada)

Quais são os melhores mini-games do Mario Party 2?

Eu vou aproveitar para deixar uma lista dos melhores mini-games na minha humilde opinião, 10 deles para ser exato:

Bombs Away

Bumper Balls

Hexagon Heat

Shell Shocked


Speed Hockey

Bowser’s Big Blast

Bumper Ballon Cars

Crazy Cutters

Grab Bag

Valeu a pena

 

No final de tudo, Mario Party 2 é um jogo mais refinado do que o primeiro, a remoção dos mini-games que giram o analógico foi muito boa. Os tabuleiros e suas "gimmicks" são boas, e os mini-games em si são bons, porém precisavam de um pouco mais de ajustes. Infelizmente, como o jogo é muito baseado em RNG, isso por causar frustração e raiva em vários momentos, entretanto é preciso compreender que isso faz parte do jogo e que essa é a beleza do jogo, pois isso torna as partidas imprevisíveis e emocionantes. Com certeza é um dos melhores games do N64 para multiplayer, as partidas vão gerar bastante risadas, momentos estranhos, raiva e comemoração, é uma montanha-russa de emoções que gera momentos inesquecíveis.
 
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Já jogou Mario Party 2?
Qual é a sua opinião sobre esse jogo?

Deixe o seu comentário abaixo e até a próxima.

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